Deni Zolin

Clientes, deixar de consumir também pode ser um tiro no pé

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Arquivo/Diário)

Na terça, comentei que se os empresários não frearem as demissões e passarem a cortar funcionários em grande escala, será um tiro no pé, pois isso provocará um efeito em cadeia que agravará a crise para todos. Pelo lado do consumidor, essa regra também vale. Se, por receio da crise, da queda de receita ou do desemprego, as pessoas frearem demais o consumo, também será um tiro no próprio pé. Claro que, diante do cenário de incertezas, ninguém sairá esbanjando e gastando em coisas supérfluas. Porém, as pessoas que tiverem reservas - e puderem - devem manter um consumo mais próximo do normal.

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Caso contrário, o dinheiro ficará represado no banco e deixará de girar na economia, agravando a crise: com freada brusca do consumo, as empresas terão queda maior da receita, vão ser forçadas a demitir e aumentar ainda mais recessão. E isso vai acabar afetando também aquele consumidor que freou demais o consumo. Por quê? Se esse consumidor for trabalhador assalariado, correrá mais risco de ser demitido. Se for trabalhador autônomo, terá queda maior da receita porque menos dinheiro estará circulando na economia e porque mais gente estará sem emprego para consumir dele. Se for funcionário público, correrá o risco de ter atrasos salariais ou, numa situação mais grave, até redução do salário, porque, com a economia freada, haverá menos impostos para bancar a folha de pagamento. Portanto, se puder, mantenha um consumo razoável, para manter a roda da economia girando.

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Como muitos setores ainda estão fechados, muitas empresas e profissionais liberais acharam alternativas: estão vendendo vales (vouchers) para manter a receita e poder pagar as contas e os salários dos funcionários. Um salão de beleza, por exemplo, vende vales em que o cliente paga agora e terá direito ao serviço quando a empresa puder reabrir as portas. Esse tipo de iniciativa é uma saída inteligente para tentar amenizar os impactos da crise.

Vale lembrar: uns sofrem mais do que outros, mas todos estamos no mesmo barco e precisamos nos ajudar. E por final, outra questão importante: é preciso respeitar as orientações das autoridades da saúde, com o distanciamento social e as medidas de prevenção, para reduzir o contágio. Não é para sair consumindo de qualquer forma e colocando em risco a vida das pessoas.

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